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Em Maracás o Festival do Orgulho LGBTQIA+ aposta nas artes para conscientizar
Pelo segundo ano consecutivo o Festival do Orgulho LGBTQIA+, movimentou a cena artística de Maracás, se confirmando com o mais importante evento local para celebrar a diversidade por meio da arte. No sábado (03), o palco do Auditório Municipal Ivonete Dias foi colorido com as cores da bandeira LGBTQIA+ e se tornou um lugar de resistência, onde os artistas locais e convidados usaram a música, o teatro e a dança para provocar importantes reflexões sobre questões como respeito, acolhimento e as lutas e conquistas das pessoas LGBTQIA+.
Colaboradores da Largo e representantes da empresa como a diretora de Finanças e Administração, Dayse Guelman, o gerente de RH Administração, Ronaldo Souza, e Coordenadora de Comunicação, Natália Leoni, prestigiaram os espetáculos.
É um orgulho para a Largo promover um evento que trata de um tema tão importante. Agradeço a todos os artistas que fizeram esse trabalho tão inspirador”, disse a diretora ao final dos espetáculos. “Esse é mais que um festival. É o compromisso da Largo na promoção de um mundo onde as pessoas possam ser quem elas realmente são em um ambiente de respeito e acolhimento”, completou Natália. O Festival faz parte da campanha que a empresa desenvolve anualmente no mês do Orgulho LGBTQIA+ e que este ano tem como tema Abraçar o plural é nosso compromisso.
Noite colorida
A impactante abertura ficou por conta da intervenção musical da percussionista Nanny Santos e do multiartista Veko Araújo que, dentre outros trabalhos, integram a Banda Cortejo Afro. Entreamado de canções e textos o espetáculo deu a “deixa” para colorir o palco com as cores da bandeira LGBTQIA+ e abrir espaço para as apresentações dos grupos de teatro e dança locais.
A arte local, aliás, já estava brilhando no palco, no cenário pinturas e grafites idealizados por Dell Pires e Suzana Fernanda, ambos artistas que desenvolvem juntos trabalhos com arte e cultura há mais de 10 anos em Maracás, vencedores do edital na categoria artes plásticas. “O festival foi uma grande oportunidade para nós e fizemos um trabalho de acordo com o tema. A repercussão foi excelente e reafirmou nossa intenção de contribuir com arte para reduzir os preconceitos”, afirma Dell Pires. As telas do cenário estão à venda na internet e, caso não sejam vendidas, serão recicladas e darão vida a espetáculos de teatro de rua, outra atividade dos artistas. “O conceito de sustentabilidade está na raiz de nosso trabalho”, completa o artista.
Após a abertura, o palco foi invadido pelo humor e irreverência dos atores Edi Wilkison e Feu Macedo que protagonizaram a peça “Creme de la Creme: o melhor dos melhores!”, concepção e direção de Jorge Spínola. Recheada de críticas, a peça divertiu, mas trouxe à tona questões importantes relacionadas ao preconceito e lembrou momentos marcantes da luta da população LGBTQIA+ ´por direitos. “É nosso segundo ano no Festival e termos os artista locais como protagonistas de um festival desse porte representa uma oportunidade única”, avalia Spínola.
Em seguida foi a vez da dança colorir ainda mais o espaço com coreografias que contaram histórias de acolhimento e respeito e que foram aplaudidas de pé pelo público. “É muito importante e essencial a presença da sociedade em eventos como este, principalmente nós que defendemos o direito que todos têm de amar ao outro, seja quem for. Participar desse momento junto com outros artistas me fez acreditar ainda mais no poder de transformação que a arte possibilita. Chegar até pessoas e falar sobre o amor e o acolhimento nos deixou muito satisfeitos”, comemora coreógrafo responsável pelo projeto Renato Franco.
Encerrando as apresentações artísticas, o público teve a oportunidade de conferir a premiada peça Das ‘coisa’ dessa vida …”. Em cena, a personagem Nalde (Ricardo Fagundes ) compartilhou com o público suas histórias de dores e repressão,
enquanto se arrumava para uma performance, preparada para o ídolo que estava para chegar.
Mais inclusão
O Festival do Orgulho também movimentou a economia local, gerando renda. A confecção de camisas do “Orgulho LGBTQIA+” proporcionou, apenas com esse pedido, o incremento de 16% na renda mensal de 29 famílias de costureiras, no mês de maio/2023, devido à política de compras locais da Largo. Elas fazem parte de grupos de Corte e Costura, por meio de dois ateliês comunitários instalados na zona rural do município de Maracás, denominados de Pindoba (comunidade da Pindobeira) e SerrAmada (comunidade de Pé de Serra). Outra novidade deste ano foi a Feira da Diversidade que movimentou a entrada do Teatro com barracas onde foram comercializados produtos locais como licores, bolsas outros confeccionados com o tema LGBTQIA+, produtos alimentícios e peças artesanato. Informações e Foto: Daranna RP
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