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Prefeitura de Jequié promove seminário e exposição para discutir políticas públicas para os povos indígenas

Na última quarta-feira, 19, Dia dos Povos Indígenas, a Prefeitura de Jequié, através da Secretaria de Cultura e Turismo, promoveu no Museu Histórico João Carlos Borges a abertura da exposição Kró Néiytsá, que significa “Rio das Memórias”, na língua dos Kariri-Sapuyá, uma das muitas etnias indígenas habitantes das terras baianas. Estiveram presentes, o secretário de Cultura e Turismo, Domingos Ailton; as antropólogas Maria do Rosário e Jurema Machado; o professor, Felipe Bruno Fernandes, da Universidade Federal da Bahia (UFBA); indígenas de etnias como Cotoxó, Atikum e Kariri Sapuyá, entre outros; equipe técnica da Secretaria de Cultura e Turismo; professores e estudantes do Colégio Estadual Professor Paulo Freire e da Educação de Pessoas Jovens, Adultas e Idosas (EPJAI), da Escola Municipal São Jorge, no distrito do Baixão; além de estudantes indígenas da UESB e alunas do curso Pedagogia da Faculdade Pitágoras Anhanguera.

O evento contou com a realização de um seminário, dedicado à valorização da Cultura e tradição dos povos indígenas originários. ministrado pela professora titular em Antropologia, Maria Rosário Carvalho, coordenadora do PINEB / UFBA, pesquisadora CNPq, que abordou o tema “Trajetórias e Histórias Insurgentes: os Kariri-Sapuyá da Pedra Branca, Recôncavo Sul Baiano”, que revelou aos presentes como a perseguição aos  indígenas por parte de invasores brancos fizeram com que eles perdessem suas terras em Pedra Branca, região de Amargosa, e tiveram   que  viver  na Aldeia Santa Rosa, que ficava entre Jequié e Jaguaquara, na região do distrito do Baixão.

Durante o encontro, a professora Jurema Machado, que é pesquisadora do PINEB/UFBA e presidenta do Conselho Diretor da Associação Nacional de Ação Indigenista (Anaí), tratou sobre a memória coletiva de tradição oral e da história de vida dos indígenas Kariri-Sapuyá e os Pataxó Hãhãhãi. O seminário, que teve   mediação de Kaique Bezerra, indígena Atikum, estudante de Odontologia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, campus de Jequié, também contou com palestra do docente da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Felipe Bruno Fernandes, do Departamento de Antropologia e Etnologia FFCH/UFBA, que relatou o processo de ingresso de estudantes indígenas na Universidade e as atividades realizadas com discentes de várias etnias.

Além de palestras, debates e da realização de um toré, espécie de dança indígena, coordenado pela Adriana Fernandes Carajá, o encontro foi marcado pela inauguração de uma exposição composta por um grande painel com a transcrição da luta dos Kariri-Sapuyá. A exposição é composta por painel, fotografia, informações e objetos indígenas e permanece na sala de exposição do Museu Histórico João Carlos Borges até o dia 15 de maio, de terça a sexta, das 8h às 12h e das 14h às 18h, com entrada é gratuita. Informações e Foto: SECOM/PMJ

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