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Inspeção do Trabalho monta força-tarefa para dar assistência aos trabalhadores resgatados no RS
O Grupo de Resgate ao Trabalho Escravo de Feira de Santana montou uma operação especial para orientar e dar assistência ao grupo de 194 trabalhadores que desembarcou no município na segunda-feira (27), após serem resgatados de situação análoga a de escravo em vinícolas do Rio Grande do Sul. Durante o resgate, Auditores-Fiscais do Trabalho verificaram que eles não recebiam salários, viviam em situação degradante, com dívidas permanentes e sofreram torturas.
Mário Diniz, que é Coordenador de Combate ao Trabalho Escravo na Bahia e presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais do Trabalho do Estado da Bahia (SAFITEBA), informa que é papel da Inspeção do Trabalho recepcionar as denúncias de trabalho análogo ao escravo, riscos à segurança e saúde do trabalhador e descumprimento de direitos trabalhistas e, também, fiscalizar e dar os devidos encaminhamentos para a garantia dos direitos trabalhistas aos resgatados e a punição aos infratores.
“O processo do resgate desses trabalhadores não se encerra com a libertação. Eles têm direitos trabalhistas que precisam ser assegurados, como o pagamento de verbas rescisórias, do Seguro Desemprego e a devida identificação dos aliciadores e das empresas envolvidas para a devida punição. É para garantir o acesso a esses direitos e evitar que novos casos como esses voltem a acontecer, que os Auditores-Fiscais do Trabalho fazem o acompanhamento desses trabalhadores”, explica Mário Diniz.
Dos 194 trabalhadores que desembarcaram em Feira de Santana, 12 permanecerão no município e os demais devem seguir para suas respectivas cidades. Além das indenizações e direitos trabalhistas a que têm direito, os resgatados receberão 3 (três) parcelas de seguro-desemprego, pagos pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Informações e Foto: SAFITEBA
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