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Evento do IBGE aproxima 1,5 mil estudantes baianos de ferramentas de produção de dados oficiais do país
Pela primeira vez sediado fora do Rio de Janeiro desde sua criação em 1968, o evento marca a retomada do Plano Geral de Informações Estatísticas e Geográficas (PGIEG), que não era atualizado desde 1974, e coloca a Bahia no centro do debate nacional sobre inovação, soberania de dados e desenvolvimento de políticas públicas baseadas em análises estatísticas e geocientíficas.
“Os dados produzidos pelo IBGE e por outras instituições públicas são o que nos permitem planejar com precisão, identificar desigualdades, antecipar demandas e construir políticas mais justas. A Bahia vem investindo fortemente no uso de bases oficiais para organizar iniciativas nas áreas estratégicas do Estado”, afirmou o governador, Jerônimo Rodrigues, na cerimônia de abertura do evento.
Já a secretária da Educação, Rowenna Brito, destacou a importância da participação da rede estadual, incluindo estudantes e professores, na construção de conhecimento e na aproximação da educação com ciência e tecnologia. “É uma alegria receber essa conferência na Bahia e garantir que nossos 1.500 estudantes e professores estejam presentes, aprendendo e construindo conhecimento. A educação pública é central para o nosso estado, e é com dados, ciência e participação que fortalecemos o projeto de vida da nossa juventude”, disse.
Nos dias 4 e 5 de dezembro, os estudantes do Centro Estadual de Educação Profissional Formação em Tecnologia, Informação e Comunicação(Lauro de Freitas), do Centro Estadual de Educação Profissional Formação e Eventos Isaías Alves (Salvador) e do Centro Estadual de Educação, Inovação e Formação da Bahia – CEEINFOR Mãe Stella (Salvador), além de professores de geografia e outras disciplinas da rede estadual, participarão de oficinas que abordam desde a Grade Estatística até o Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA), além do funcionamento do Sistema Integrado de Pesquisas Domiciliares.
O presidente do IBGE, Márcio Pochmann, destacou a importância de fortalecer a produção de dados e reforçou a necessidade da participação da juventude baiana no evento. “A presença dos estudantes na conferência reforça a importância de formar uma nova geração capaz de interpretar dados e construir políticas públicas sólidas. O Brasil vive uma realidade cada vez mais conectada e digital, e o IBGE trabalha para produzir informações precisas, seguras e soberanas que orientem decisões estratégicas”.
Além de fortalecer a dimensão formativa, o evento consolida o Programa Nacional de Inteligência e Governança Estatística e Geocientífica, desenvolvido em parceria entre IBGE e o Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO), fortalecendo o Sistema Nacional de Geociências, Estatística e Dados (SINGED) e criando bases para políticas públicas sustentáveis, planejamento preditivo e integração tecnológica entre instituições brasileiras.
A Bahia no centro do mundo
Um dos destaques do evento é o mapa-múndi invertido “A Bahia no Centro do Mundo”, instalado no Cimatec e criado para valorizar a relevância histórica, geográfica e cultural do estado. A peça, inspirada em elementos como as fitas do Senhor do Bonfim, reposiciona simbolicamente a Bahia como ponto central do globo, provocando reflexão sobre identidade, diversidade e pertencimento.
A obra será exibida para mais de 10 mil estudantes no Encontro Estudantil da Rede Estadual 2025, que acontece de 9 a 12 de dezembro, na Arena Fonte Nova. Além da instalação física, 10 mil cópias do mapa serão distribuídas para que cada estudante leve o material para casa. Após o evento, o mapa seguirá sendo exibido em inaugurações de novas unidades escolares, incorporando-se ao projeto pedagógico que valoriza a cultura, o território e a identidade baiana.
Elisabeth Guerra – Ascom/SEC

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